domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aumenta procura por tratamentos alternativos

Aumenta procura por tratamentos alternativos

Adriana Benevenuto

Laura de Las Casas

4° e 3° períodos

Foto de: Adriana Benevuto

Por causa de uma dor nos pés que persistia mesmo depois de muitos remédios e fisioterapia, assistindo a um programa de televisão, a dona de casa Denise Maria de Almeida conheceu um pouco sobre os tratamentos feitos por meio da acupuntura. Moradora da Região Noroeste de Belo Horizonte, Denise foi encaminhada por seu médico homeopata ao Centro de Saúde Carlos Prates, encontrando por lá profissionais da saúde que realizassem esse tipo de cuidado. "Realmente deu certo, porque eu fiquei dez anos sem sentir dor nos pés", conta a dona de casa sobre o tratamento.

Desde 2005, o Centro de Saúde Carlos Prates oferece cuidados alternativos como acupuntura e homeopatia para seus pacientes. Segundo um dos dois médicos homeopatas do centro, Celsio Gontijo, a procura tem aumentado bastante, devido a maior divulgação do trabalho. "Procuramos divulgar com o pessoal da rede de saúde", conta o médico que atende no centro há dois anos. Celsio acredita que o que faz as pessoas procurarem por esse trabalho é a possibilidade de um tratamento mais leve.

Para ser atendido no Centro de Saúde, é necessário que o paciente leve algum documento de identidade e um comprovante de endereço no mesmo nome. Caso queira participar dos tratamentos alternativos oferecidos, o paciente deve ser examinado anteriormente por um médico que encaminhará sua ficha para que o homeopata ou acupunturista comece com os cuidados. A dona de casa Denise Maria conta que sempre que têm alguma dor que os remedios não são capazes de curar, recorre á acupuntura. "A melhora é excelente", ressalta.

Não é só Denise que acredita no poder das agulhas. A médica acupunturista Soraia Figueredo explica que essa terapêutica não trabalha com remédios. Segundo ela, as agulhas entram para estimular o potencial de melhora do organismo do paciente. "Até mesmo nas doenças crônicas, além de diminuir a dor, a longo prazo, diminui o uso de medicamentos", completa Soraia. A médica conta que as pessoas procuram a acupuntura para curar desde ansiedade até paralisia facial, mas que 70% dos pacientes procuram o tratamento por causa de doenças músculo-esqueléticas e transtornos emocionais. "Tem patologias que a acupuntura trata perfeitamente bem, em outras ela atua como complemento", enfatiza a doutora, que atende cerca de 45 pacientes por semana.

A estudante Júlia Farias começou com os cuidados homeopáticos desde o começo do ano, devido a uma forte dor de cabeça. Para a menina, é preciso ter paciência, mas os resultados aparecem. "Eu quase desisti, mas depois comecei a melhorar, foi uma luz, um alívio", conta a estudante. Ela trata com Célsio Gontijo e pretende continuar seu ciclo até obter alta. O médico atende cerca de 25 pessoas por semana, bem menos que na sessão se acupuntura devido ao tempo que suas consultas exigem. "Temos que conversar com o paciente, saber sobre seus problemas, é um trabalho mais aprofundado", explica.

Dessa forma, os métodos sem uso de medicamentos convencionais vão ganhando espaço na área da saúde, deixando de ser desconhecidos pela comunidade. Para os médicos, é uma satisfação ver o aumento da procura pelo trabalho que oferecem. "Saúde não se compra em farmácia, tem que cultivar", completa a médica Soraia.

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