sexta-feira, 27 de maio de 2011

Música e consciência ambiental no Instituto Kairós


Foto: Flora Servilha, pátio pricncipal Centro Kairós

A vegetação preservada, o clima ameno e o lugar estonteantemente belo funcionam como uma espécie de cartão de visitas para o Instituto Kairós. Localizado em Macacos, no município de Nova Lima, o lugar foi estrategicamente escolhido pelos fundadores para ser sede da organização não governamental. Patrícia Mascarenhas, diretora de projetos do instituto, conta que o Kairós foi fundado em 2002 e em 2004 implantou sua sede: o Centro Kairós. "A inspiração foi criar um espaço onde cultura e ambiente interagissem de maneira continua com os moradores da comunidade", explica Patrícia.






Foto: Flora Servilha, aulas de percussão.



Segundo a diretora o diferencial do projeto é a maneira sócio educativa com que ele lida com a comunidade do distrito. "Aqui os moradores participam ativamente. As oficinas oferecidas são colaborativas e interativas, todos os nossos projetos têm um dedo da comunidade local", conclui Patrícia.
Para o morador da comunidade Jair Vicentino, 63 anos, o Instituto é visto com muito bons olhos pelos moradores. "Os meninos, voluntários são jóia. Conversam com a agente e ajudam muito o povo daqui. Tira essa molecada que fica apedrejando cachorro da rua e coloca pra aprender a tocar instrumentos e desenhar", salienta o morador.






Fotos: Flora Servilha, centro administrativo e aulas de percussão



Hoje são muitas as atividades que acontecem no instituto. Cursos de culinária, reforço escolar, atividades esportivas e, sobretudo, aulas de músicas são dividas em dois dias da semana para crianças carentes da comunidade de Macacos. Todas estas atividades são financiadas por empresas privadas em parceria com a prefeitura de Nova Lima e estão dividas em Quatro espaços. O centro Kairós construído a partir dos princípios da permacultura e da bioconstrução, localizado em uma comunidade com cerca de mil habitantes. O clube Cultura que funciona no centro da cidade, onde têm um auditório com apresentações, de música, teatro e cinema de graça para a população e no mesmo local funciona a loja, com produtos artesanais feitos na oficina, todo o valor arrecadado é destinado à atividades da ONG.
Jair confessa que o que mais atrai a população são as sessões de cinema. "Toda semana tem filme, e não são aqueles filmes velhos não. Fora as apresentações de música dos meninos". Patrícia Mascarenhas ressalta a importância do espaço para auto estima da população local."Eles se sentem parte disso tudo. Eles têm orgulho do espaço e ajudam a preservar este bem comum", ressalta.
O professor de música Tonico Velane é um dos responsáveis por ministrar as aulas de música. No pátio principal, cerca de 40 crianças sentam-se em circulo e desenvolvem um trabalho de percussão. "É impossível não se apaixonar pelo projeto, quando conheci isto daqui, em 2007, já pensei logo nesta oficina de percussão", afirma o músico.
A oficina que começou apenas como uma brincadeira para as crianças ganhou forma e virou um grupo. O "O Do Lin Do La" já realizou apresentações musicais em espaços e eventos diversos como: Teatro Dom Silvério, Palácio das Artes, Convenções da Vale, Praça JK, UNILAR, Fundação Dom Cabral e diversas escolas e espaços comunitários.No meio de tambores, xilofones e pandeiros Rafael Augusto. 12 anos, conta que a experiência de se apresentar para a comunidade ficou gravada em sua memória." Aquele povo todo olhando é muito bacana, melhor é quando bate palma, a gente é artista de verdade" conta o menino.
Para Tonico, idealizador do grupo o melhor reconhecimento não é o obtido nos palcos e sim o reconhecimento da comunidade. "Ver o sorriso e a dedicação das crianças é que é bacana, não tem salário que pague isto", afirma. Marco Andrade é pai de um dos alunos do grupo e não esconde sua satisfação e orgulho. "Eu nunca imaginei uma coisa dessas, meu filho todo chique apresentando para um monte de gente no palácio das artes, sou muito agradecido à eles", conclui.
O instituto tem hoje cerca de 40 voluntários e contribui diretamente para a formação de cerca de 200 crianças, valorizando preceitos de educação ambiental e, sobretudo, cultural. Quem quiser ser voluntário ou conhecer melhor o projeto pode entrar em contato com o instituto através do email comunica@institukairos.org.br, ou pelo site.






Assista o vídeo com um trecho de uma aula de percussão com o Professor Tonico.

http://www.youtube.com/results?search_query=kairos+tonico&aq=f



Video: Pedro Vasconcelos

sexta-feira, 15 de abril de 2011

De dentro do "busão"

O ensaio fotográfico abaixo é um relato do meu cotidiano. As fotos foram tiradas de dentro de um ônibus em movimento no meu trajeto de volta para casa. O projeto foi executado por meio de uma câmera de telefone celular de 5 mega pixels.Elas receberam alguns tratamentos estéticos básicos no photoshop, como contraste, brilho e saturaçãp. Além de efeito "PRETO E BRANCO".





sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sem metrô, Belo Horizonte viabiliza projetos mais modestos para o trânsito na Copa

FOTO DE DIVULGAÇÂO/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE
Quando em Julho de 2010 a FIFA anunciou que Belo Horizonte seria uma das cidades sedes para a próxima copa do mundo no Brasil, criou-se entre os cidadãos uma enorme expectativa de melhorias na infraestrutura do município. Em Belo Horizonte o trânsito é um dos problemas que mais aflige a população. Segundo Rogério Carvalho, gerente da Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTrans cerca de 1,045 milhão de veículos trafegam todos os dias pela capital mineira. O elevado número de veículos é reflexo da falta de um sistema de transporte público eficiente, que atenda as necessidades reais dos cidadãos.

Para Ronaldo Guimarães Gouvêa, professor de engenharia de transportes e geotecnia da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Copa seria um excelente pretexto para a ampliação do sistema metroviário em Belo Horizonte."O número de automóveis está se tornando incompatível com a capacidade das vias, expandir vias são alternativas que só adiam o problema. Acredito que o governo e a iniciativa privada deviriam pensar melhor na questão do metrô. Ainda mais agora com essa história de Copa ", afirma o especialista.
A empregada doméstica Ilza Maria dos Santos, 63 anos, perde cerca de quatros horas dentro do ônibus no caminho de casa para o trabalho. Sua rotina ilustra bem a necessidade de um transporte público mais eficiente na cidade. “Era bom se melhorasse. A gente chega cansada em casa.Todo ano tem esse negócio de que vai expandir o metrô,mas é só ladainha mesmo. Já cansei de esperar ",afirma. Ilza ainda se diz temerosa em relação a realização de uma Copa do Mundo em Belo Horizonte, “ Do jeito que esse povo rouba, a gente vai passar é vergonha", ressalta.
A possibilidade de se construir um novo metrô já foi descartada pela Prefeitura de Belo Horizonte que apostará em projetos mais modestos para tentar solucionar a questão do trafego na cidade. Rogério Carvalho explica que o Programa de Estruturação Viária de BH (Viurbs) e o Corta Caminho são apostas do município para melhorar o trânsito da cidade antes da Copa do Mundo de 2014, quando a capital receberá milhares de turistas. " O projeto consiste em mais 150 intervenções e prevê a construção de anéis viários para ligar bairros importantes sem a necessidade de o motorista passar pelo Centro", conta o gerente.

Extraído do google maps


Entretanto a maior aposta do poder público são as chamadas BRT's (Bus rapid transit).Tratam-se de corredores exclusivos para ônibus que devem uma linha que seguirá pelas avenidas Antônio Carlos e Pedro I até Venda Nova e outra que passa pela avenida Pedro II e Catalão até a Região da Pampulha. Rogério explica que a estrutura da Cristiano Machado também será aproveitada para a construção de um ramal de BRT. "A diferença do sistema para o de transporte rodoviário é que os veículos têm velocidade maior e transportam mais gente", explica.

Para o especialista Ronaldo os corredores exclusivos são excelentes alternativas complementares. " Os chamados BRT's são válidos, mas não dá pra fazer isso na cidade toda. Isto não exime a responsabilidade da prefeitura de fornecer a população um meio de transporte mais seguro, mais barato e menos poluente, no caso o metrô e os trens urbanos", salienta.
Em 2010 o Prefeito Márcio Lacerda anunciou que Belo Horizonte deve investir cerca de 1 bilhão de reais no setor de transporte da cidade. Boa parte das obras serão custeadas pelo Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC), e devem ser concluídas em 2012.

A estudante universitária Lila Gaudêncio também reivindica a necessidade de um metrô em Belo Horizonte. Apesar de não se preocupar com a capacidade de realização da copa pela cidade, tem receio de que o evento não deixe legados importantes para cidade. "A verdade é que falta metrô. As empresas de ônibus cobram preços abusivos para um serviço péssimo. Eu tinha esperança que após a realização da Copa, a cidade passasse a ter um transporte público de qualidade, mas pelo visto os nossos governantes já desconversaram".salienta.

Pedro Vasconcelos

sexta-feira, 25 de março de 2011

Maria Bethânia e as leis de incentivo a cultura no Brasil

Muitas pessoas estão criticando a Cantora Maria Bethânia por devido o luxuoso apoio que ela conseguiu para a elaboração de um blog. Entretanto o buraco é mais embaixo e as pessoas não conhecem de fato as leis de incentivo a cultura, que ditam o sistema artístico do país.


domingo, 13 de março de 2011

Google Reader ou Feedreader ?


O caos gerado pela quantidade e variedade de informações divulgadas na rede é capaz de confundir qualquer internauta. A diversidade de conteúdos espalhados por inúmeros portais e sites especializados muitas vezes nos obriga a garimpar e a rastrear aquilo que realmente é de nosso interesse.

Para nos ajudar nesta árdua tarefa os leitores de RSS são excelentes alternativas. Pois permitem que o usuário selecione apenas os conteúdos que desejam ter acesso, reunindo em uma única página as informações pré filtradas pelos internautas.

O Google Reader e Feedreader são os leitores de RSS mais comuns. Ambos são gratuitos e de fácil acessibilidade, entretanto o Feedreader deve ser adquirido através de um download, enquanto o Google Reader pode ser acessado de qualquer computador, desde que o usuário tenha uma conta Google.

A interface do Google Reader segue a linha de outros aplicativos Google, isto evita um possível estranhamento do internauta. Estranhamento comum ao Feedreader, que possui muitas ferramentas diferentes e novas.

Passado o estranhamento é possível verificar algumas vantagens do Feedreader. Além de possuir uma interface mais limpa e de organizar melhor as notícias, ele não obriga o internauta a abrir uma nova janela para cada notícia lida. Isto agiliza ainda mais a propagação dos feeds.

Já o Google Reader permite que usuário compartilhe informações tornando a relação com o aplicativo mais dinâmica e interativa. O Feedreader sinaliza o tempo inteiro a atualização de novos feeds, o que para uns pode ser uma vantagem e para outros uma ferramenta incomoda.

Os dois aplicativos são excelentes ferramentas que dinamizam e facilitam o trabalho do profissional, seja ele jornalista ou não. Entretanto é necessário ressaltar que o bom profissional deve sempre interagir com a diversidade que a internet oferece. Diversidade que uma pré filtragem mal feita pelo usuário através destes aplicativos, pode ser comprometida.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aumenta procura por tratamentos alternativos

Aumenta procura por tratamentos alternativos

Adriana Benevenuto

Laura de Las Casas

4° e 3° períodos

Foto de: Adriana Benevuto

Por causa de uma dor nos pés que persistia mesmo depois de muitos remédios e fisioterapia, assistindo a um programa de televisão, a dona de casa Denise Maria de Almeida conheceu um pouco sobre os tratamentos feitos por meio da acupuntura. Moradora da Região Noroeste de Belo Horizonte, Denise foi encaminhada por seu médico homeopata ao Centro de Saúde Carlos Prates, encontrando por lá profissionais da saúde que realizassem esse tipo de cuidado. "Realmente deu certo, porque eu fiquei dez anos sem sentir dor nos pés", conta a dona de casa sobre o tratamento.

Desde 2005, o Centro de Saúde Carlos Prates oferece cuidados alternativos como acupuntura e homeopatia para seus pacientes. Segundo um dos dois médicos homeopatas do centro, Celsio Gontijo, a procura tem aumentado bastante, devido a maior divulgação do trabalho. "Procuramos divulgar com o pessoal da rede de saúde", conta o médico que atende no centro há dois anos. Celsio acredita que o que faz as pessoas procurarem por esse trabalho é a possibilidade de um tratamento mais leve.

Para ser atendido no Centro de Saúde, é necessário que o paciente leve algum documento de identidade e um comprovante de endereço no mesmo nome. Caso queira participar dos tratamentos alternativos oferecidos, o paciente deve ser examinado anteriormente por um médico que encaminhará sua ficha para que o homeopata ou acupunturista comece com os cuidados. A dona de casa Denise Maria conta que sempre que têm alguma dor que os remedios não são capazes de curar, recorre á acupuntura. "A melhora é excelente", ressalta.

Não é só Denise que acredita no poder das agulhas. A médica acupunturista Soraia Figueredo explica que essa terapêutica não trabalha com remédios. Segundo ela, as agulhas entram para estimular o potencial de melhora do organismo do paciente. "Até mesmo nas doenças crônicas, além de diminuir a dor, a longo prazo, diminui o uso de medicamentos", completa Soraia. A médica conta que as pessoas procuram a acupuntura para curar desde ansiedade até paralisia facial, mas que 70% dos pacientes procuram o tratamento por causa de doenças músculo-esqueléticas e transtornos emocionais. "Tem patologias que a acupuntura trata perfeitamente bem, em outras ela atua como complemento", enfatiza a doutora, que atende cerca de 45 pacientes por semana.

A estudante Júlia Farias começou com os cuidados homeopáticos desde o começo do ano, devido a uma forte dor de cabeça. Para a menina, é preciso ter paciência, mas os resultados aparecem. "Eu quase desisti, mas depois comecei a melhorar, foi uma luz, um alívio", conta a estudante. Ela trata com Célsio Gontijo e pretende continuar seu ciclo até obter alta. O médico atende cerca de 25 pessoas por semana, bem menos que na sessão se acupuntura devido ao tempo que suas consultas exigem. "Temos que conversar com o paciente, saber sobre seus problemas, é um trabalho mais aprofundado", explica.

Dessa forma, os métodos sem uso de medicamentos convencionais vão ganhando espaço na área da saúde, deixando de ser desconhecidos pela comunidade. Para os médicos, é uma satisfação ver o aumento da procura pelo trabalho que oferecem. "Saúde não se compra em farmácia, tem que cultivar", completa a médica Soraia.